Após 13 dias presos, a Justiça do Piauí decidiu soltar os 11 alvos da Operação Denarc 64, envolvidos em um esquema vinculado a facão criminosa Bonde dos 40. O grupo atuava em um esquema de lavagem de dinheiro oriundo do trágico de drogas. A ação também resultou no bloqueio de mais de R$ 2 bilhões em bens e a interdição de 9 empresas. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (26) e assinada pelo Juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina.
QUEM ESTÁ SOLTO?
Entre os beneficiados da liberdade está o empresário Josimar Barbosa de Souza, a esposa Tereza Cristina de Sousa, e os filhos, a médica e ginecologista Angélica Florinda Pacheco, e o dentista Caio Felipe Pacheco. Além deles, está a Aryana Almeida. O motivo ocorre em razão da falta de indícios suficientes.
Além disso, a Justiça também autorizou o funcionamento online das empresas administradas pelo empresário Josimar Barbosa: Barão Veículos e Casa dos Acessórios, outrora apontada por movimentar um bilhão e trezentos e vinte milhões de reais para o Bonde dos 40.
“A defesa logrou êxito em demonstrar a situação financeira das empresas e de suas atividades lícitas [...] a despeito das fundadas suspeitas da autoridade policial na fase inicial das investigações, não restou demonstrado nos autos indícios suficientes de que as empresas praticam atos ilícitos e que estão sendo utilizadas para a prática dos crimes em apuração de forma reiterada”, diz o trecho da decisão.
Os demais: Edney de Sousa, Carlos Eduardo Carvalho Magalhães, Walson Roberto de Assis Lira, Artelindo Alves de Oliveira Filho, Valdeci Soares da Silva e Pericles Jose Torres Galindo, também foram postos em liberdade, mas com a aplicação de medidas cautelares, como:
Proibição de manter qualquer contato com os investigados neste processo, por qualquer meio, inclusive telefônico ou por pessoa interposta;
Proibição de ausentar-se da Comarca sem prévia autorização ou mudar de endereço sem prévia comunicação a este Juízo;
No prazo de cinco dias, realização de cadastro e atendimento psicossocial por videochamada, na Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP) para a fiscalização do devido cumprimento das medidas cautelares impostas;
Comparecimento obrigatório sempre que intimada. O descumprimento, determinara a prisão preventiva.
QUEM CONTINUA PRESO?
Continuam presos Alandíusson Cardoso Passos, Paulo Henrique Araújo de Moura, e o cabeça do esquema: Erisvaldo da Cruz Silva, “em razão da fundamentada necessidade de manutenção da custódia cautelar para garantia da ordem pública, com base nos artigos 311, 312 e 313, I, do CPP”.