A jovem Kelliane Pereira dos Santos, de 27 anos, que foi atingida por um avião de pequeno porte pilotado pelo médico Jacinto Lay durante um pouso forçado na BR-316, na zona Sul de Teresina, concedeu com exclusividade uma entrevista ao repórter Denis Constantino, da TV Meio e falou sobre como está a sua recuperação e como foram os momentos após o grave acidente.

Segundo ela, o impacto da colisão do avião com a motocicleta em que ela estava foi tão forte que até hoje ela não se recorda do que de fato aconteceu.

“Eu só tive noção que eu estava viva e passando por esse processo quando eu já estava há duas semanas aqui em casa, antes eu não tinha noção de nada. Até hoje eu não tenho noção de como aconteceu, onde aconteceu, quem me ajudou. Sei que foi um grande trabalho para minha mãe, mas graças a Deus eu estou bem, estou me recuperando, ficando mais sentada, conseguindo dar alguns passos e com fé em Deus isso tudo vai passar”, declarou.

Kelliane informou ainda que as sequelas do acidente afetaram mais o seu corpo, principalmente o lado esquerdo dos movimentos. “As minhas sequelas, a maior parte foram no meu corpo, na minha parte esquerda eu não consigo andar perfeitamente, não fico equilibrada, mas com a minha fisioterapeuta, ela me ensina tudo direitinho e a gente está batalhando para poder voltar a fazer as coisas, porque eu não consigo ajudar minha mãe, não consigo fazer nada que eu fazia antes”, lamentou.

Após o acidente, Kelliane contou que demorou um pouco para reconhecer as pessoas da sua família. “Eu só consegui lembrar da minha mãe quando eu vi ela fisicamente, da minha filha eu vi ela e fiquei me perguntando quem era, me impressionei com o crescimento dela, mas na verdade foi eu quem parei no tempo e até hoje eu não consigo lembrar de muita coisa”, disse. 

“Meu sonho sempre foi fazer meu concurso para a polícia que era para acontecer ano passado, mas eu continuo pensando em fazer e passar nele porque foram muitos anos estudando. Não consegui porque os propósitos de Deus são um só, tive que esperar um pouquinho, mas vai dá tudo certo”, projetou.