Faltando ainda um mês para o fechamento do ciclo da safra de grãos deste ano, dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta terça-feira (13/08), mostra que após cinco anos a colheita piauiense vai sofrer uma redução. Pior, a queda tirou o Estado da quarta posição entre as maiores safras das regiões Norte e Nordeste.
Conforme os números, a produção piauiense de grãos deverá atingir 5,8 milhões de toneladas, uma redução de quase um milhão de toneladas quando comparada com o volume obtido na temporada passada. Isso representou uma queda de 14,7%, tendo sido influenciada, principalmente, pela perda na produtividade média das lavouras e pelo reflexo das adversidades climáticas.
A redução freou um crescente da colheita piauiense que já durava cinco anos e derrubou o Estado para a quinta posição no ranking das maiores safras do Norte e Nordeste. Com um crescimento de mais de 33% e uma safra prevista para mais de 6.1 milhões de toneladas, o Pará ultrapassou o Piauí e se tornou a quarta maior, atrás apenas de Maranhão, Tocantins e Bahia.
Entre as culturas, somente o feijão e soja mantiveram o crescimento e vão colher uma safra maior esse ano. A soja mesma representa mais de 60% de toda a colheita, com 3,8 milhões de toneladas prevista em território piauiense, um crescimento de 8,4%, em relação ao volume do ano passado. Já ao milho, segunda maior cultura no Piauí, foi registrado queda de 45%.
Já o Brasil, como um todo, deverá produzir um total de 298,6 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/2024. A estimativa representa uma queda de 6,6% (ou 21,2 milhões de toneladas), na comparação com a safra anterior (2022-2023). Apesar da redução, o resultado, se confirmado, corresponderá à segunda maior safra já colhida no país.
“O efeito de adversidades climáticas sobre o desenvolvimento das culturas, desde o início do plantio até as fases de reprodução das lavouras, provocou situações em que áreas com redução das chuvas desaceleraram o desenvolvimento das plantas, ocorrendo queda da produtividade ou em regiões com aumento da precipitação houve inundações nas áreas de cultivo, o que também tende a reduzir a produtividade”, diz o levantamento.
Fonte: conectapiauí