A campanha de Donald Trump e do bilionário Elon Musk para reduzir a burocracia federal nos EUA ganhou força nesta sexta (14), com milhares de demissões em diversas agências governamentais. Segundo estimativas da imprensa americana, cerca de 10 mil servidores foram desligados em uma semana, atingindo setores estratégicos como energia, meio ambiente e saúde pública.
ENERGIA
O Departamento de Energia foi um dos mais afetados, com a demissão de até 2.000 funcionários, incluindo centenas de trabalhadores responsáveis pela supervisão do arsenal nuclear. No Departamento do Interior, que administra terras públicas e parques nacionais, 2.300 servidores foram dispensados. A Agência de Proteção Ambiental também sofreu cortes, perdendo 388 empregados.
CENTRO DE CONTROLE E PREVENÇÃO
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) devem reduzir sua equipe em quase 1.300 trabalhadores, o que representa cerca de 10% do total. Há expectativa de que o impacto atinja também o corpo diplomático, com cortes nas embaixadas americanas. Fontes indicam que a orientação do Escritório de Gestão de Pessoal é priorizar a demissão de servidores em período probatório.
MOTIVOS
Trump justifica as demissões com o argumento de que o governo federal está inflado e enfrenta problemas de desperdício e fraudes. A dívida pública americana atinge US$ 36 trilhões (R$ 205 trilhões), enquanto o déficit do último ano foi de US$ 1,8 trilhão (R$ 10,2 trilhões), cenário que, segundo o presidente, exige cortes severos.
DEMOCRATAS
Embora haja consenso entre governo e oposição sobre a necessidade de reformas na administração pública, democratas acusam Trump de desrespeitar a autoridade constitucional do Congresso sobre os gastos federais. Já a maioria dos republicanos apoia as medidas, reforçando a divisão política em torno da reestruturação do funcionalismo nos EUA. (Com informações do G1)