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´´Sensação de que foi golpe de Estado´´: a reação dos sul-coreanos à imposição da lei marcial no país

Moradores reagiram com preocupação, choque e ansiedade ao curto anúncio de lei marcial. Medida foi derrubada pelo Parlamento.

Publicada em 04/12/2024 às 14:56h

por Xander Xavier


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Políticos de oposição na Coreia do Sul apresentaram nesta quarta-feira (4) uma moção pedindo o impeachment do presidente, Yoon Suk Yeol, depois que ele tentou impor uma lei marcial que colocaria a nação sob controle dos militares.

A medida causou uma reação pública negativa muito forte. Poucas horas depois, parlamentares votaram contra a lei marcial, e o presidente recuou em sua decisão.

Os parlamentares votarão a moção de impeachment nos próximos dias. Caso ela seja aprovada, Yoon será julgado em um tribunal constitucional. São necessários 200 votos favoráveis dos 300 parlamentares para aprovar a moção.

O tribunal constitucional é um órgão com nove integrantes que supervisionam o governo da Coreia do Sul. Para remover o presidente do cargo, são necessários seis votos neste tribunal.

O ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, que também era alvo de pedidos de impeachment, pediu demissão de seu cargo nesta quarta-feira. Diversos outros integrantes do governo também pediram demissão: o chefe de gabinete, o conselheiro de segurança nacional e o diretor de política nacional. Yoon ainda precisa aceitar os pedidos.

Reação de sul-coreanos

Os sul-coreanos têm manifestado preocupação, choque e confusão depois que o presidente mergulhou o país em caos político — declarando lei marcial e recuando horas depois, devido à repercussão negativa.

Em um pronunciamento na terça-feira, ao declarar a lei marcial, o presidente Yoon Suk Yeol disse que era necessário colocar o país sob controle dos militares para proteger a nação das forças comunistas da Coreia do Norte e para eliminar os elementos anti-Estado. Mas a medida foi rapidamente rejeitada pelos parlamentares do país.

Moradores de Seul contaram à BBC que ficaram preocupados com os eventos do recentes.

Ra Ji-soo, residente da capital, disse ter ouvido helicópteros sobrevoando sua casa na terça-feira. Ela disse que sentiu que "o golpe de Estado de Mianmar estava acontecendo aqui na Coreia. Estou preocupada".

Após o anúncio de Yoon, os militares do país declararam a suspensão de todas as atividades parlamentares.

 

 




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