O clima eleitoral esquentou em Piracuruca, cidade localizada no interior do Piauí, após um discurso polêmico do prefeito e candidato à reeleição, Assis Mãozinha (PT). Durante um comício, o atual gestor municipal fez declarações que foram amplamente interpretadas como homofóbicas, direcionadas a Eduardo Lima, advogado e candidato a vice-prefeito pela chapa de oposição, encabeçada por Marcelo Jatobá (PSD).
As declarações ofensivas de Mãozinha colocaram em questão a integridade de Eduardo Lima, gerando uma onda de indignação na cidade e nas redes sociais. Diversos cidadãos, apoiadores do candidato opositor e até mesmo entidades de classe manifestaram repúdio às palavras do prefeito. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional de Piracuruca, da qual Eduardo Lima faz parte, emitiu uma nota de repúdio condenando veementemente o discurso homofóbico e reforçando a importância de um debate político baseado no respeito e na democracia.
O episódio trouxe consequências para a campanha de Assis Mãozinha, que busca a reeleição. Analistas políticos avaliam que a repercussão negativa das falas pode impactar sua base de eleitores, sobretudo entre os mais jovens e os grupos que defendem pautas progressistas, como a igualdade de gênero e os direitos da comunidade LGBTQIA+. Já a campanha de Marcelo Jatobá, que vinha crescendo nas pesquisas, viu o episódio fortalecer a imagem de Eduardo Lima como uma vítima de perseguição, potencializando a narrativa de uma campanha movida por ideais democráticos e de inclusão.
Até o momento, Assis Mãozinha não se pronunciou oficialmente sobre o episódio, e sua equipe de campanha tem evitado dar declarações sobre o assunto.
O cenário em Piracuruca está em ebulição, e este episódio pode ser um fator decisivo na reta final das eleições, à medida que os eleitores exigem um debate mais elevado e focado em propostas, sem ataques pessoais ou discriminações.