A pacata cidade de Piracuruca, no Piauí, está no centro de um escândalo que envolve supostas irregularidades em contratos públicos. De acordo com uma recente Recomendação Ministerial, assinada pela Promotora de Justiça Lia Raquel Prado Burgos Ribeiro Martins, a Prefeitura pode estar favorecendo parentes de alto escalão em contratações que violam os princípios constitucionais e a Nova Lei de Licitações.
No centro do furacão está o Controlador Geral do município, Luciano de Sousa Brito, acusado de violar diretamente a impessoalidade ao permitir a contratação de seu próprio filho, Guilherme Gomes Brito, por meio de uma empresa de esportes. Documentos apontam que a empresa "Pró Esportes", de propriedade de Guilherme, foi contratada pela Prefeitura, mesmo com o impedimento legal devido ao grau de parentesco com um fiscalizador de contratos municipais.
A denúncia de nepotismo escancarou uma prática que pode comprometer a credibilidade da administração pública local. O contrato já foi alvo de críticas severas e agora o Ministério Público exige a anulação imediata, dando apenas 15 dias para a prefeitura resolver a situação.
A população, indignada, exige respostas. Muitos se perguntam: quantos outros contratos similares podem ter passado despercebidos? A confiança na gestão municipal está em jogo, e a transparência prometida pela Nova Lei de Licitações parece ter sido jogada de lado.
O que virá a seguir? O Ministério Público não descarta novas investigações. Será este apenas o início de uma série de escândalos que podem abalar a gestão municipal?