Na madrugada desta segunda-feira (17) a engenheira Danielle Barroso, de 25 anos, foi brutalmente agredida pelo ex-namorado no município de Pedro II, localizado no norte do Piauí. Danielle denunciou o agressor, que não teve seu nome revelado, para a Polícia e relatou o ocorrido em suas redes sociais.
Conforme a vítima, o conflito teve início quando o agressor estava alterado na mesa de um estabelecimento, no bairro Santa Fé, e uma amiga pediu para que ele fizesse silêncio. Incomodada com a situação, Danielle saiu e o então homem ficou ainda mais agressivo. A partir daí, começaram as agressões.
Danielle levou uma mordida no rosto, sofreu vários cortes na parte interna da boca, ficou com arranhões no pescoço e um hematoma no olho, sofreu uma pancada na cabeça e teve os joelhos bastante ralados. As agressões aconteceram enquanto ela tentava fugir do agressor.
Danielle também conta que ao tentar ir embora ele mordeu seu rosto e lhe deu tapas. Para fazer com que ele não agredisse sua amiga, ela foi embora com ele em seu próprio carro. No percurso, o ex bateu seu carro, segundo ela, propositalmente, para dissimular as lesões sofridas por ela como se fossem fruto do acidente.
A amiga da vítima tentou intervir, mas foi ameaçada com uma arma pelo agressor. Em um momento de desespero, a engenheira ainda tentou buscar auxílio de uma moto que passava pelo local, mas foi brutalmente retirada pelo agressor, que derrubou ela e o motoqueiro.
A situação só não se agravou ainda mais graças a um amigo da vítima que passou e pegou ela e levou para o Hospital Josefina Getirana Netta, no Centro de Pedro II, onde ela recebeu os primeiros socorros. O agressor também foi no mesmo carro para o hospital.
Danielle contou que ele tentou entrar no hospital atrás dela, mas foi impedido por policiais que chegaram ao local. Ela relatou que ele, durante as agressões, portava uma arma de fogo, que não foi disparada, mas foi usada em ameaças.
Danielle, após ser socorrida no hospital, procurou a delegacia e registrou boletim de ocorrência e teve medida protetiva concedida para que o ex não se aproxime dela. Ela disse que não vai desistir das denúncias e que também quer alertar outras mulheres vítimas de violência para que denunciem.
"Eu não vou me calar, não vou aceitar que passe despercebido, o que eu puder fazer para ajudar outras mulheres que estejam passando por algo assim dentro de casa, eu vou fazer, eu não vou abaixar minha cabeça, eu não aceito", declarou.
O acusado já foi servidor na Delegacia de Pedro II, mas já não faz parte do quadro de prestadores de serviço da delegacia há mais de seis meses, tendo sido desligado pelo delegado Júlio, titular de Pedro II.
O agressor foi preso e conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Pedro II, onde responderá por crime de lesão corporal com base na Lei Maria da Penha.