A região Sul do país passa há mais de uma semana por um dos seus piores momentos em toda a história, as fortes chuvas ocasionadas no Rio Grande do Sul já fizeram várias vítimas, e de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã desta segunda-feira (06) o número de mortos chegou a 83 pessoas. Além disso, há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
Segundo o levantamento da Defesa Civil, são 141,3 mil pessoas fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). No total, 345 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
A tendência é que as chuvas diminuam ou parem a partir do meio desta semana. No entanto, de acordo com a Climatempo Meteorologia, o avanço de uma nova frente fria volta a provocar aumento nas condições de pancadas fortes de chuva, além de poder dificultar os resgates.
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, há previsão de mais chuva.
A tragédia climática no estado sulista está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade, e a situação foi reconhecida pelo governo federal. Assim, o estado fica habilitado para a solicitação de recursos federais para ações para defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.