Brasília (DF) - O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e com apoio da Sudene, aprovou um crédito de R$ 3,6 bilhões para finalizar a primeira fase da ferrovia Transnordestina. A Transnordestina Logística (TLSA), empresa responsável pela obra, poderá acessar o recurso por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), conforme decisão tomada em reunião da Sudene no início de setembro.
Os recursos serão liberados pelo Banco do Nordeste de forma parcelada: R$ 1 bilhão anuais entre 2024 e 2026, e mais R$ 600 milhões em 2027. Esse montante financiará a conclusão do trecho de 1.061 km que conecta Paes Landim (PI) ao Porto de Pecém (CE), já com 70% da Fase I concluída. Segundo Eduardo Tavares, da Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, o investimento faz parte de um orçamento total de R$ 15 bilhões, dos quais R$ 8 bilhões já foram aplicados.
Com a previsão de início da operação em 2025, a ferrovia promete gerar um impacto econômico relevante para o Nordeste, podendo adicionar R$ 7 bilhões ao PIB da região por ano. Além disso, um estudo da TLSA aponta que, ao longo dos 30 anos de concessão, serão criados 90 mil empregos diretos e indiretos.