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Caso Marielle: "pedra no caminho" 1° dia de julgamento réus confessos

Julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Publicada em 31/10/2024 às 08:56h

por Leonardo Mendes


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O primeiro dia do júri popular dos ex-policiais militares Ronnie Lessa, 54, e Élcio de Queiroz, 51, réus confessos pelo duplo homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes, durou mais de 13 horas. A sessão omeçou às 10h30 desta quarta-feira (30), no 4º Tribunal do Júri da Justiça do RJ, ocorre mais de 6 anos após o atentado, em 14 de março de 2018. Os réus assistem por videoconferência da cadeia onde estão presos.

O presidente do tribunal, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, comentou os preparativos para o julgamento. “Por estarem em prisões federais, os réus vão acompanhar toda a sessão e prestar depoimentos de modo remoto. O mesmo sistema será oferecido para algumas testemunhas que se sintam ameaçadas, garantindo a sua preservação. A tecnologia também estará presente com a transmissão do julgamento ao vivo pelo YouTube”, disse o desembargador.

Ronnie e Élcio respondem por 3 crimes (duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e receptação) e podem ser condenados a 84 anos cada um. sete jurados, todos homens, foram sorteados de um grupo de 21 pessoas para compor o Conselho de Sentença. 

A previsão é de pelo menos 2 dias de sessão, com o depoimento de 9 testemunhas. 

Foram elas, na sequência:

Fernanda Chaves, assessora de Marielle;

Marinete da Silva, mãe de Marielle;

Monica Benicio, viúva de Marielle;

Ágatha Arnaus, viúva de Anderson;

Carlos Alberto Paúra Júnior, agente da Polícia Civil do Rio;

Luismar Cortelettili, agende da Polícia Civil do Rio;

Carolina Rodrigues Linhares, perita criminal;

Marcelo Pasquaetti, agente federal;

Guilhermo Catramby, delegado da PF;

A assessora de Marielle, Fernanda Chaves, sobrevivente do caso. Depimento dela relatou "O carro estava bem devagar. Foi quando teve uma rajada. Num reflexo, eu me encolhi no banco do Anderson. Os tiros já tinham atravessado a janela. O Anderson esboçou dor, falou um ‘ai’. Marielle estava imóvel, e eu senti o corpo dela sobre mim",

A testemunha em sua fala continuou, “Eu acreditava que o carro tinha passado pelo meio de um tiroteio. Abri a porta e desci engatinhando com muito cuidado. Eu estava ensanguentada, muito suja de sangue. E comecei a gritar por socorro, pedir ajuda, por uma ambulância”, relatou que "esperava que Marielle estava desmaiada. Eu não queria acreditar que ela estivesse morta.”

Marinete da Silva, mãe de Marielle, foi a segunda testemunha. Emocionada, ela afirmou que "essa dor não tem nome": "Ninguém, a não ser quem tenha passado pelo mesmo, pode avaliar a dor que estou sentindo".

Os depoimentos mais emotivos foram os das viúvas de Marielle e de Anderson. Ambas as mulheres choraram muito durante seus depoimentos, gerando comoção da plateia.

A ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, Anielle Franco, afirmou que a ida com a família ao Tribunal de Justiça do Rio para acompanhar o júri a fez reviver o dia do velório. A ministra assistiu à sessão na primeira fileira do plenário entre o pai, Antonio Francisco da Silva, e a sobrinha Luyara Santos.

Réu: Élcio Queiroz

O ex-PM Élcio Queiroz, que dirigiu o Cobalt usado no atentado, contou em seu depoimento que não conhecia Marielle Franco antes do assassinato e que não sabia do plano para matar a vereadora. Segundo ele, até o dia do crime, ele não sabia que Lessa tinha Marielle como um alvo. Élcio também contou que não sabia que participaria de um homicídio até chegar no local do evento onde estava a vereadora, na Lapa. Segundo ele, Lessa o chamou para um "trabalho" e disse que ele precisaria dirigir, mas sem dar detalhes do "trabalho.

Após o crime, o réu contou que foi junto com Lessa para um bar na Barra da Tijuca, onde ficaram bebendo até a madrugada. Élcio também contou que Lessa disse para ele que a motivação para o crime era pessoal.

O ex-PM ainda afirmou que, desde a sua prisão, queria fazer um acordo de delação premiada para tentar redução de pena.

Réu: Ronnie Lessa

O assassino confesso de Marielle e Anderson deu detalhes sobre como cometeu os crimes, o que abalou parentes das vítimas. Ele também disse que Marielle se tornou "pedra no caminho" dos mandantes do assassinato. Ronnie também deu detalhes sobre como o crime foi cometido, como o momento do emparelhamento do carro dirigido por Élcio Queiroz no momento em que ele fez os disparos. Posteriormente, também pediu desculpas às famílias das vítimas.

A juíza Lúcia Glioche, do 4º Tribunal do Júri da Justiça do RJ, responsável pelo julgamento dos réus, suspendeu a sessão por volta das 23h50 desta quarta-feira (30), após 13 horas de duração. O júri será retomado às 8h de hoje e estão previstas as sustentações orais e a leitura da sentença.




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