Na manhã desta sexta-feira (15), dois irmãos gêmeos e um adolescente de 16 anos foram detidos suspeitos de estarem envolvidos no caso de assassinato de Marciel Medeiros da Silva, de 18 anos, dentro de uma escola, em fevereiro de 2024. O crime aconteceu no pátio do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Maria do Carmo Reverdosa da Cruz, localizado no bairro Dirceu I, zona Sudeste de Teresina.
De acordo com informações do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o menor de 16 anos é tido como o possível atirador contra Marciel. Segundo a polícia, os irmãos gêmeos teriam desempenhado o papel de monitorar a vítima e informar o horário de sua saída da escola para o executor do crime. O indivíduo acusado de ser o executor foi detido no Parque Itararé, enquanto os irmãos foram capturados no próprio Dirceu I, ambos na Zona Sudeste da capital.
O delegado Francisco Costa enfatizou que o jovem já havia sofrido outra tentativa de assassinato uma semana antes do ocorrido, e que o ambiente escolar foi apenas uma oportunidade e não tem relação direta com o crime.
"O crime não tem nada a ver com o ambiente escolar. [...] Ele foi morto dentro da escola porque foi a oportunidade. O adolescente [suspeito de ser o autor dos tiros] o mataria na escola ou nas imediações, porque já tinha tentado matá-lo antes, mas não deu certo.” disse o delegado.
Os dois irmãos gêmeos presos, suspeitos de monitorar Marciel, são alunos da mesma escola da vítima e teriam fornecido informações sobre sua identidade e horário de saída das aulas aos criminosos.
A Polícia Civil teve acesso a mensagens trocadas entre os suspeitos, nas quais indicavam detalhes sobre os movimentos da vítima, incluindo o horário de saída, o portão utilizado e até mesmo a descrição de suas roupas. O suposto atirador teria enviado uma foto segurando a arma de fogo utilizada no crime como resposta.
Um quarto suspeito de participar da execução foi detido um dia após o assassinato de Marciel, em 23 de fevereiro. Heverton Vinícius de Sousa Araújo é suspeito de ter conduzido o autor do crime em uma moto até a escola, esperado pela consumação do ato e facilitado a fuga em seguida.
Durante seu depoimento na sede do DHPP, Heverton alegou que o homicídio foi motivado pelo envolvimento da vítima em uma facção criminosa rival à dele e do adolescente que disparou os tiros. Ele também afirmou que Marciel teria tentado contra a vida deles anteriormente.