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Aluno cotista aprovado na USP tem matrícula em medicina cancelada

Alison conseguiu a vaga via Provão Paulista, mas a banca de heteroidentificação da USP não o considerou pardo. Alunos aprovados não foram chamados para entrevistas presenciais e realizaram as bancas virtualmente.

Publicada em 04/03/2024 às 16:39h

por Kawhê Fontes


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Aluno cotista aprovado na USP tem matrícula em medicina cancelada
Alison dos Santos Rodrigues, de 18 anos  (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

O Jovem Alison dos Santos Rodrigues, de 18 anos, teve a sua matrícula no curso de medicina na Universidade de São Paulo (USP) cancelada após ter sua autodeclaração como pardo negada pela banca de heteroidentificação. 

 

Alisson foi aprovado em medicina na USP dentro das vagas PPI (para pretos, pardos e indígenas) após fazer o Provão Paulista, vestibular unificado das instituições públicas de ensino superior de São Paulo. Assim, ele encaminhou os documentos pedidos pela universidade para comprovar que se enquadra na política de cotas.  

 

No entanto, a comissão não confirmou sua autodeclaração e convocou o estudante para participar de uma reunião virtual. A reunião ocorreu no dia 08 de fevereiro e estava marcada para começar às 17h, porém, só começou apenas às 19h. 

 

“A reunião estava marcada para às 17 horas, mas só ligaram para ele às 19 horas. O avaliador falou que a imagem não estava muito boa e pediu para que meu sobrinho abrisse a janela. Mas já estava noite, então a luminosidade continuou a mesma". relata Laise Mendes dos Santos, tia de Alison.

 

No fim da tarde do dia seguinte, Alison recebeu um e-mail informando que não havia sido aprovado para ocupar as vagas destinadas aos candidatos PPI, mas tinha 48 horas para entrar com recurso, o que foi feito pelo jovem. Uma semana depois, Alison afirma que recebeu e-mails da secretaria de graduação da USP o parabenizando pela aprovação. O e-mail também tinha orientações para o primeiro dia de aula, que aconteceu na segunda-feira, 26 de fevereiro. 

 

O estudante participou das atividades de recepção aos calouros. No entanto, no horário do almoço, ele foi informado pela universidade que havia sido reprovado nos critérios da política do PPI.

 

“Ele foi ao evento de recepção aos calouros e o nome dele estava na lista dos novos alunos". diz, Laise Mendes.

 

Em nota, a USP informou:

 

"Alisson dos Santos Rodrigues, a deliberação final se deu na última sexta-feira, dia 23 de fevereiro, e foi enviada no dia subsequente. Importante frisar que todos os candidatos que estavam com recursos sendo analisados sabiam que a matrícula estava condicionada ao resultado das bancas de heteroidentificação. O que o estudante tinha era uma pré-matrícula condicionada ao resultado do processo de heteroidentificação".

 

Na última terça-feira (27), a família buscou auxílio da Defensoria Pública para tentar garantir que Alison consiga cursar a graduação na USP. O caso está na Justiça. 




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